\\Sobre o Accio Past//

Salazar Slytherin, Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff e Rowena Ravenclaw tiveram a belíssima idéia de criar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts em meados do século X. E nisso se baseia esse site, nas sete primeiras turmas dessa escola da Grã-Bretanha. Por favor, sinta-se à vontade para desfrutar das histórias de cada um dos alunos dos "Quatro Grandes".

\\Informação Importante//

O site Accio Past é de nível PG-13, com conteúdo de leve violência, e outras insinuações. Se você é facilmente influenciado por este tipo de informação, por favor retire-se.


\\Correios Coruja//

acciopast@gmail.com

past@acciocerebro.com.br

\\Integrantes//

Grifinória



Nome:Senhor Charles Trocken, mas muitos o chamam apenas de Charlie
Idade: Dezesseis anos
Ano Escolar: Quinto
Família: Grifinória
Animal de Estimação: Norwick, um cavalo alado da raça etoniana.
Varinha: Cedro, cerda de coração de Verde-Galês, 27 centímetros, flexível. Ótima para azarações ofensivas.
Gostos: Duelos, cavalaria, magia, pesca.
Desgostos: As paredes geladas do castelo, o pai.
Descrição: Um garoto baixo, até mesmo para a época, quando a estatura média era menor que 1,50m. Olhos de cores diferentes e miopia em ambos. Seu corpo é atlético devido aos duelos e competições eqüinas. Personalidade tranquila e romântica, obviamente sexista. Se culpa por ter falhado em matar o pai.
Histórico: Quando o menino nasceu, sua filha nobre o excluiu e desertou, o abandonando na floresta. Sua mãe o acompanhou, e o pai relutantemente também. Quando Charles era pequeno, viu o pai violentando sua mãe, e então o esfaqueou o tanto quanto pôde. Porém ele sobrevieu, e Charles e sua mãe se mudaram para outro feudo e recomeçaram suas vidas. Charles então foi convocado por Godric Gryffindor, dizendo ser um padre, à Hogwarts, suposto convento, onde aprendeu a ler e escrever. Não querendo abandonar a mãe, a trouxe consigo ao feudo dos Quatro Grandes.



Nome: Sir Jake de Malvoisin, o Vesgo
Idade: Dezesseis anos
Ano Escolar: Quinto
Família: Grifinória
Animal de Estimação: Línio, um cavalo alado da raça etoniana.
Varinha: 18 centímetros, pêlo de unicórnio (que eu mesmo fui atrás!), visco. Brilhante, bonita, e faz umas coisinhas lindas quando eu balanço ela de um jeito certo.
Gostos: Vinho quente de inverno, corpo quente de uma garota.
Desgostos: Mormaço, tédio.
Descrição: Baixinho, pálido, de olhos negros e cabelos castanho escuríssimo. É ligeiramente estrábico, o que lhe dá o apelido de Jake, o Vesgo entre seus amigos.. Jake é o típico irresponsável e inconseqüente que deveria estar numa cruzada louca em algum lugar distante. Em vez disso, está em Hogwarts estudando magia. Apesar de ser meio estrábico, consegue atirar com Arco e Flecha melhor do que muitos ali. É galanteador, e não se importaria em levar qualquer garota para um cantinho escuro. É corajoso (leia-se, LOUCO E ATIRADO), e tem um senso de justiça relativamente grande.
Histórico: Jake de Malvoisin é o terceiro filho da família bruxa mais influente de York. Malvoisin é normando, e já que seu irmão mais velho herdará o feudo e seu outro irmão entrou para cavalaria, a ele restou a vida eclesiástica - a qual, apesar dele se esforçar para gostar, ele não leva o menor jeito.


Nome: Lady Hildegard Atwood
Idade: Dezesseis anos
Ano Escolar: Quinto
Família: Grifinória
Animal de Estimação: Possui um hipogrifo na casa de seu futuro sogro e tutor, mas trouxe para a escola uma pequeno corvo de olhos castanhos chamado Matt.
Varinha: Carvalho, 20 cm, cujo cerne é uma mistura exótica de fio de cabelo de banshee com crina de unicórnio, herdada da falecida mãe. Excelente para feitiços de defesa e ataque.
Gostos: Sentir o vento nos cabelos em uma noite enluarada. Trabalhos manuais em geral, em especial o bordar de tapeçarias. Tem verdadeiro apreço pelas artes, em especial livros, música e trovas cantadas por menestréis de talento. Em termos de feitiçaria, possui especial dedicação às artes dos feitiços e da transfiguração.
Desgostos: Como uma boa dama da nobreza, Hildegard guarda seus desgostos para si própria, mas, por seu espírito altivo e independente, Hilde muitas vezes se sente indignada pela submissão a que ela e todas as mulheres da época são submetidas. Resigna-se com o fato por gratidão aos futuros sogros e tutores.
Descrição: Morena, de longos cabelos cor da noite e olhos muito azuis, acostumou-se desde criança a guardar seus sentimentos para si como se espera de uma dama da alta nobreza. Mas por trás desse aparente recato e frieza, encontra-se uma jovem altiva e corajosa, que guarda um forte desejo de liberdade e paixão dentro de si. Contudo, coloca sua honra e seus deveres em primeiro lugar.
Histórico: Filha de nobres bruxos, Hilde teve os pais assassinados misteriosamente quando tinha 8 anos de idade. Estando seu irmão mais velho, William, está nas Cruzadas Bruxas, em um cerco contra o grã-vizir Iznogud, a criação de Hilde passa a ser responsabilidade da família Blackwell, para cujo filho mais velho. Arcturus, ela foi prometida em casamento desde criança. Tendo sido, também Arcturus despachado para as Cruzadas, Hilde é enviada para Hogwarts, juntamente com seu cunhado, Altair, para completar a sua formação como feiticeira.


Corvinal


Nome: Lady Hellen de Tirania
Idade: Dezesseis anos
Ano Escolar: Quinto
Família: Corvinal
Animal de Estimação: Não tem. Uma mulher não deveria perder tempo com essas bobagens.
Varinha: Pinheiro, folha da bíblia queimada, rígida, 15 centímetros. Não faz muitas coisas.
Gostos: Rezar, estudar, corrigir, e utilizar magia para coisas puras.
Desgostos: Damas rebeldes, coisas que vão fora do comum.
Descrição: De estatura baixa, Hellen tem cabelos castanhos e quase sempre presos de diversas maneiras. Os olhos são cor de mel e provavelmente a parte mais vívida de sua personalidade. É calada e respeitosa aos homens e mulheres mais velhas, porém trata terrivelmente mais novos, e mulheres rebeldes.
Histórico: Hellen de Tirania é filha de dois nobres bruxos, que foi educada em casa até alguns anos atrás. Como qualquer outra bruxa que vivesse antes de Hogwarts, Hellen deveria aprender em casa magia, apenas o suficiente para poções e poucos feitiços, por quem devia lidar com isso eram os homens. Mas a notícia da escola afetou positivamente o pai da garota, Sir Gordon de Tirania, e ela foi admitida na escola sob o tutorado de Lady Ravenclaw. O pai morreu há algum tempo, e os dois irmãos estão agora nas cruzadas bruxas, sobrando portanto ela e a mãe, demasiada doente, para cuidar do feudo. Já está prometida em casamento para Ercles de Forgras, um jovem que anseia virar brevemente o Duque de Tirania.


Sonserina

Nome: Lady Lavínia Hougan Caldwell
Idade: Quinze anos
Ano Escolar: Quinto
Família: Sonserina
Animal de Estimação: Uma águia chamada Akira. Muito bem treinada ela pode inclusive entregar cartas.
Varinha: 23 cm, Mogno, contêm uma cerda de testrálio juntamente com uma pena de águia e duas gotas de sangue de unicórnio. É excelente para sortilégios complexos.
Gostos: Ler, preparar poções, passear.
Desgostos: Cavalaria, depois que caiu do cavalo, com 5 anos, ficou com trauma.
Descrição: Ela é alta e tem cabelos castanhos-dourados. Os olhos espantosamente verdes conseguem esconder bem as emoções dela. É bonita e tem o corpo esbelto até mesmo em baixo dos vestidos longos. É vitima de cortejos de vários rapazes. Lavínia é bem introvertida. Ela prefere ouvir a falar e raramente é vista em clubes, que não sejam de poções, sua matéria predileta. Adora criar novas poções e fazer testes. Tem um porte altivo e é uma exímia dueladora, apesar de o evitar fazer ao máximo. Tem problema com aritmancia, uma vez que não é boa com números, salvo a quantidade exata de ingredientes que se coloca numa poção. Quando está com os amigos pode se tornar bem humorada e divertida. Apesar de parecer sempre séria tem uma tendência a desobedecer a regras.
Histórico: Lavínia nasceu envolvida por mágica, e como não pudesse ser diferente deu sinais de magia aparente aos 3 anos quando fez alguns livros, que estavam na última prateleira do escritório, levitarem até ela. Até os seus onze anos recebeu educação em casa com o pai e alguma ajuda da mãe. Completados os 11 anos, no entanto recebeu a visita de Rowena Ravenclaw para ir à Hogwarts, escola onde vem estudando desde então.


Nome: Sir Matthew de Aldearan
Idade: Vinte e cinco anos
Ano Escolar: Não estuda no colégio.
Família: Não tem uma. É professor de duelos junto a Norman Huckle. Colocado na Sonserina, por sua boa relação com Salazar Slytherin.


Lufa-Lufa


Nome: Senhorita Mira Barlow
Idade: Quinze anos
Ano Escolar: Quinto
Família: Lufa-Lufa
Animal de Estimação: Um cavalo branco chamada Scadufax.
Varinha: Carvalho, pena de pégasus, 25 centímetros.
Gostos: Cavalgar, andar na floresta sentindo a natureza e cozinhar, sou uma cozinheira de mão cheia.
Desgostos: Cela lateral feminina para cavalos e Salazar Slytherin, tenho medo dele.
Descrição: Longos cabelos ruivos e olhos negros como onix. Discreta com a aparência e sobre a própria vida, não gosta que perguntem detalhes de sua família. Poucos sabem sobre seus pais, pois o casamento entre trouxa e bruxa não são bem vistos no mundo mágico. Não gosta, nem deixa, ser tratada como inferior por ser mulher.
Histórico: Mira foi criada em Hogsmead e sabia da existência da Escola de Magia de Hogswarts que tinha sido criada nas redondezas. Quando tinha 9 anos, ela foi andando através da floresta para poder ver de perto Hogwarts e se conseguisse alguma das aulas. Quando estava chegando perto da porta, foi flagrada por Salazar Slytherin que a mandou voltar para sua casa, assustando-a dizendo que se voltasse lá sem convite ela seria comida da cobra dele. O tio de Mira foi reclamar com os outros professores sobre o que aconteceu e Godric Gryffindor pediu desculpas e afirmou que no ano seguinte sua sobrinha seria convidada e depois seria sua filha.


Nome: Senhor Naheen Aziz Al-Merhej
Idade: Quinze anos
Ano Escolar: Quinto
Família: Lufa-Lufa
Animal de Estimação: Um cavalo árabe chamado Touffi.
Varinha: Azevinho, 23cm, dente de Esfinge.
Gostos: Carneiro Assado com hortelã, Astronomia, Filosofia.
Desgostos: Duelos (Péssimo com varinha), usar turbante.
Descrição: Estatura mediana, magro, pele morena, cabelo curto preto, olhos grandes e castanhos, lábios grossos, dentes muito brancos, nariz grande, mãos bonitas. É muito peludo para a idade e se barbeia todos os dias. Veste-se como um jovem europeu de classe alta e detesta usar turbante, mas tem que fazê-lo quando em família.
Histórico: Nascido em uma aldeia em Al-Andalus (Hispânia muçulmana), Naheen ficou órfão cedo e foi viver na casa de seu tio, o poeta Shiraz, em Córdova. Lá, ainda menino, entrou em contato com Maslama e seus discípulos, astrônomos famosos que estudavam as obras do grego Ptolomeu. A convocação para Hogwarts deixou o garoto surpreso, e mais ainda ele ficou quando seu mestre e seu tio concordaram com sua ida para a escola de bruxos. Naheen a freqüenta com grande proveito, mas deve se ater a três promessas: usar o que aprender para a glória de Allah e do Islã, seguir os preceitos do Corão e manter de pé o noivado com sua prima, Amina, a quem deverá desposar quando voltar a Al-Andalus.

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Wednesday, September 26, 2007
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A Despedida de Hildegard Atwood, a Donzela de Áquila



Bem, pessoal, sei que as coisas andam paradas aqui...Mas, eu sou daquelas que não gosta de deixar pontas soltas, nem histórias pela metade...Acho falta de respeito com os leitores e com os personagens...

Mas, às vezes também acontece um bloqueio e simplesmente, por mais que tentemos, a história não sai do lugar. Mesmo tendo tudo esquematizado...

Foi o que aconteceu com a Hildegard. Pensei em mil possibilidades de continua-la, mesmo se não houvesse mais possibilidade de termina-la aqui no AP. Pensei em escreve-la como conto fechado no Expresso, pensei em converter para Japão Feudal e escrever em Amaterasu, pensei em juntar a história dela com a da Grey Lady em uma fanfic para o FF...Mas não consegui...

A verdade é que, sem querer, a Hilde acabou se dissolvendo, em termos de personalidade e ecos de algumas situações da história dela acabaram se refletindo em outras personagens minhas, especialmente a Lucy Reinfield, do Expresso, e a Myrai Tomoe, de Amaterasu.

Mas, como eu disse, gosto de fechar as coisas. Conversei com um dos chefinhos e ele concordou de eu postar uma despedida da Hilde aqui. Então, para ninguém ficar no vácuo, decidi postar meus esquemas de idéias para a história dela...Talvez algum dia ela volte...Mas por enquanto, uma leve sombra da história dela vai ter que ser suficiente.

***A Saga da Senhora de Àquila***


(1) Apresentação: Hilde é encontrada, por seu prometido, Arcturus, na floresta, junto dos cadáveres de seus pais, cruelmente assassinados.

(2) Acolhida pelos futuros sogros, é criada por eles em companhia do cunhado, Altair. Arcturus vai para as Cruzadas.

(3)Altair e Hilde mantém uma relação de amizade fraternal, entretanto, ambos são apaixonados um pelo outro. Hilde nega o sentimento em respeito ao desejo dos pais de que ela se casasse com Arcturus e em respeito ao noivo. Altair não gosta do irmão, não apenas por Hilde, mas por achar que existe algo por baixo da pose de bom moço de Arcturus.

(4)Arcturus retorna e vai a Hogwarts ver a noiva.

(5)Altair se confessa apaixonado por Hilde e a beija, mas ela o rechaça. O rapaz decide partir para um Refúgio de Monges Alquímicos. È realizado o casamento entre Hildegard e Arcturus.

(6) O casal parte de Hogwarts para a sede do feudo dos falecidos pais de Hilde. Começa a vida do casal, aparentemente tranquila por algum tempo. Um lobo aparece na floresta da feudo de Áquila enquanto Hilde sai para um passeio. O lobo se revela manso e se torna guardião e companhia de Hildegard nas cada vez mais constantes viagens de Arcturus.

(7) O Lobo desaparece misteriosamente pouco depois de Arcturus e Hildegard receberem uma carta falando que o pai de Arcturus estava doente.

(8) Uma noite, um estranho surge e Hilde inadvertidamente escuta a conversa entre ele e o marido. Ela descobre que Arcturus planejara matar o pai dele para herdar o feudo, e que não apenas isso, foi o mandante do atentado que matou os pais dela e ainda foi para as cruzadas para se certicar que o cunhado estava realmente morto.

(9) Hilde espera Arcturus viajar para poder fugir para Hogwarts. È inverno. Ela foge, mas, é pega por uma nevasca e desfalece. Antes de desmaiar, ela vê o lobo. Descobre-se que Altair é animago. Ele leva Hilde para Hogwarts, onde ela é bem cuidada.

(10) Já recuperada, ela e Altair conversam e revelam tudo o que sabem um para o outro. O rapaz - enquanto lobo - sumiu para - enquanto pessoa- salvar o pai. Entretanto, ele não tinha provas contra o irmão.

(11) Arcturus chega em Hogwarts, sem saber que Hilde e Altair descobriram sobre ele e exige ter a esposa de volta, segundo os direitos que tinha. Hilde o acusa e pede um duelo baseado no princípio da "vindicta" ou "vendetta" (Vendeta é uma sequência de ações e contra-ações motivadas por vingança que são levadas a cabo ao longo de um extenso período de tempo por grupos que buscam justiça; ela foi uma parte importante de muitas sociedades pré-industriais, especialmente na região mediterrânea, e ainda hoje persistem em algumas áreas. Durante a Idade Média não se considerava um insulto ou injúria resolvidos até que vingado)

(12) Eles duelam entre si, e Arcturus quase mata a esposa, Altair intervém, usando o mesmo príncipio em nome do pai dele e de Arcturus, que quase morreu por causa do vilão. Entretanto, Hilde se recupera e dá o golpe final, matando Arcturus e vingando os pais.

(Final) Altair e Hilde ficam juntos e partem de Hogwarts para o feudo de Áquila.

Bem, é (ou seria) isso. A intenção era escrever um romance de cavalaria clássico, tirando o lance do final feliz, que é muito século XIX (risos).

Agradeço a todos que leram o (pouco) que escrevi aqui, e, aos chefinhos pelo convite. Espero encontrar vocês todos muitas e muitas vezes pelas teias da World Wide Web, vulgo, Internet.

abraços mil


Declarado, dito e feito por Equipe Accio Past
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Sunday, July 15, 2007
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Matthew ia responder quando ouviu um burburinho de alunos não muito atrás de onde eles estavam. Ele pode perceber que ela estava quase entregando o que andara fazendo, mas se qualquer aluno passasse Mira poderia escapar. Pegou a aluna pelo braço e a levou para a primeira sala vazia que encontrou, fechando a porta no caminho.

- Pronto, senhorita Barlow, agora que estamos só nós dois, pode me contar que anda fazendo que não quer que ninguém saiba.

Ela o olhou incrédula, tentando entender como sempre acabava ficando a sua mercê. A ruiva repetiu o que tinha dito no corredor, queria saber o que ele pretendia com aquilo tudo.

- A senhorita sabe que tenho fama de homem inteligente, e eu sei que o és também. O que eu ganharia entregando uma das minhas melhores alunas na mão de mestre Salazar Slytherin? - ele respondeu - Prefiro eu dar as cartas ao jogo, senhorita. A menos que você prefira que mestre Salazar o faça. Espero que me conte o que virei a saber, cedo ou tarde.

Mira sabia que Salazar Slytherin leria a mente dela sem pensar duas vezes. Se vendo sem opção a lufana jogou seu corpo em cadeira, pensando em como somente ela entraria na encrenca. Seu professor não precisava saber de suas amigas. Procurando as palavras certas, ela contou o que estivera fazendo.

- Eu estava treinando esgrima e, antes que reclame, eu estava tentando aprender com o braço esquerdo, para não forçar o direito. Acho que troquei de braço somente duas vezes, para tentar algo mais complicado. - Mira olhou para seu professor tentando descobrir o que ele faria, além do sermão. - Pronto, podes falar. Estou esperando sua repreensão. - A ruiva o encarou, esperando a resposta.

Matthew parou por um instante ao vê-la enfrentando-o com força para tomar o esporro. Via a dedicação no olhar dela, e via que ela escondia ainda pessoas atrás de sua saia. Com o pouco de legilimência que sabia, era o que ele podia descobrir.

Um sorriso afinou-se em seus lábios quando ele preparou-se para responder.

- Repreensão? - Ele disse, com modos suaves e perigosos. - Difícil repreender alguém que sofre do mesmo mal que eu: amar a espada com todas as suas forças... Mesmo que seja uma mulher, mesmo que esteja com o braço a ponto de atrofiar e nunca mais ser usado.

Mira parou por um instante. Não conseguia acreditar nas palavras do professor, Não teria nenhuma bordoada para levar? Ele estava realmente a entendedo?

- É claro que você nunca chegará aos pés dos grandes esgrimistas homens. O jovem Santiago, por exemplo, luta como o anjo Michael fará ao descer para o Apocalipse. Você, apesar do rosto angelical, poderá ser muito boa, o suficiente para defender-se da média comum, se treinar. - Matthew ponderou, mais para si mesmo do que para ela. - E obviamente, não será nada se estiver sem um braço, como pode ver no que eu me tornei... - Ele respondeu, com raiva. - E portanto, deve parar de desobedecer aos meus cuidados!

O fato de Mira não falar nenhuma palavra ou esboçar nada em seu rosto o fez pensar se ela estava ainda pensando sobre aceitar ou não.

- A menos que não queiras ser treinada como se deve, pois, afinal, quem confiaria num treino dado por uma mulher, quando se pode treinar com Matthew de Aldearan, aquele que já foi o maior esgrimista de toda Europa? - Ele disse, enquanto insinuava o corpo para frente.

- O senhor me treinaria? - Mira perguntou baixo, boquiaberta com o fato de sua bronca ter sido muito mais leve do que pensara, na verdade praticamente nenhuma. Sua mente ainda estava trabalhando nas milhares de possibilidades que viriam do treinamento com o próprio professor de esgrima de Hogwarts

- É claro que não sairá de graça para a senhorita, mas questões de pagamento podemos acertar em outra hora. - Matthew respondeu. - E assim, eu posso controlar como e quanto a senhorita usa o braço direito, além de ministrar-lhe nas técnicas da luta com o braço esquerdo que, como vê, fui obrigado a ser mestre...

- Pagamento? -A ruiva engasgou, não tinha como pagar alguém do calibre de Matthew de Aldearan.

- Coisa miúda, preciso de gente para me ajudar no departamento pessoal e mulheres que saibam arrumar um quarto cheio de raridades. Não confio no pessoal do castelo para fazer isso, e, ultimamente, não tenho paciência ou estimulo para arrumar minhas coisas. - Ele respondeu, emendando com um - Não acredito que ensinarei uma mulher nas minhas artes..

Mira não conseguia acreditar que ele se dispusera a ensinar esgrima! Mesmo que, parecendo a contra-gosto, era uma oportunidade que muitos homens matariam por ter. Aquela situação toda estava sendo fora da realidade para ela. Para Matthew, entretanto era largamente vantajoso. Teria uma mucama para arrumar seu quarto, passaria horas e horas com sua protegida, ensinando-a, não só esgrima, mas, esperava, como se preparar para tornar-se mulher de Matthew de Aldearan: o porte, ela já tinha, o resto ele, não se importaria, nem um pouco, de ensinar...

Mudando de tom, ele disse:

- Porém, garota, fique avisada de que não, eu não gosto de ser contrariado. Se alguma vez abusar, tenha certeza de que eu não sou de perdoar. Não falte às minhas aulas, ou aos meus compromissos, e posso te ensinar durante anos e anos e anos, o suficiente para competir em torneios e desafiar vários ratos que se acham homens aqui na escola. Se, por algum acaso, a informação de que lhe ensino esgrima vazar, eu nunca mais a deixarei encostar numa espada. Quero total lealdade, dedicação e firmeza, pois foi assim que meu mestre ensinou-me e é assim que ensinarei a você. Estamos entendidos?

Mira entendeu a solenidade do que ele dizia: estava de pé, em sua frente. Ela se levantou e ficou olhando fixo nos seus olhos, quando disse que sim, que se comprometeria com isso até quando ele julgasse que estava pronta para seguir com seus próprios pés.

- Ótimo.- Ele respondeu e,com um sorriso excitado por toda a situação, ele complementou - Está dispensada.

Quando Mira fechou a porta atrás de si, Matthew percebeu que começava ali, o verdadeiro jogo e que passaria ainda muitas noites em claros, com 'problemas' que nem banhos frios e somente um corpo quente, resolveriam....


*Por Matthew e Mira


Declarado, dito e feito por Equipe Accio Past
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Tuesday, June 26, 2007
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Mira fechava a porta da sala onde acabara de ter seu segundo encontro do clube de esgrima feminino. Como sempre, Lavinia falou que arrumaria tudo sozinha e que a amiga poderia ir para sua casa. A lufana sabia que era o modo da outra ficar um pouco sozinha, refletindo, ela sempre fez isso. Respeitando o pedido da sonserina, a ruiva somente saiu e andou devagar pelos corredores. Ela estava feliz, todas as garotas voltaram e estavam mais participativas.

Com um sorriso no rosto Mira lembrou que estava começando a manejar a esgrima com a mão esquerda, não caiu nenhuma vez. Não queria ficar parada o tempo todo durante as aulas e achou que isso poderia ser algo bom para o futuro, quem sabe aprender a usar as duas mãos simultaneamente. Claro que algumas vezes teve que usar a mão direita, mas não tinha sido nada que forçasse muito e seu curativo estava intacto.

Longe da dali, Matthew de Aldearan sentiu um incômodo enquanto trabalhava na correção dos vários pergaminhos sobre a "Primeira Revolução Globiliana e as várias teorias de separação do que seria a raça dos goblins da mutação élfica doméstica". Não era uma dor comum, era um ponto em específico do seu corpo. O átrio direito ardia, como se estivesse a ponto de rasgar.

- Aquela delinqüente está prestes a abrir o ferimento de novo.... - ele resmungou para si mesmo.

Era uma conseqüência do feitiço de vigilância que colocara na infame senhorita Barlow: seu coração doeria a níveis absurdos quando a vigiada estivesse tentando quebrar as regras pré-estabelecidas. Era um preço a se pagar por tirar a liberdade de ir e vir da pessoa: o feitiço consumiria a pessoa por dentro enquanto a cura da pessoa não fosse achada. Anos atrás, tal feitiço, chamado de 'Maldição de Arestes', era usado por reis desesperados com doenças incuráveis com seus médicos. Enquanto a doença do rei não passasse, o feitiço consumiria o coração de seus doutores, entretanto, o rei seria monitorado de perto por este. Muitos gênios morreram assim em eras perdidas.

Matthew achava que era um preço justo a pagar pela saúde de sua 'protegida.' E por isso, não deveria ignorar aquela explosão em seu coração: parou o que estava fazendo e foi na direção que instintivamente sabia.

Não demorou a encontrar a jovem responsável pela sua pequena dor andando com um sorriso no rosto. Estava claro que fizera algo irresponsável como da outra vez, quando teimou em participar do torneio de montaria, mas ele não pode deixar de pensar em como aquele sorriso deixava aquele rosto ainda mais encantador.

A ruiva parou ao ver seu professor de História andando em sua direção e seu rosto aparentava algo que naquela distância não conseguia distinguir. Não conseguindo conter a pontada de preocupação que sentia Mira andou até ele que parecia estar sentindo dor.

- Senhorita Barlow, que prazer em revê-la... - Matthew se aproximou de Mira com um meio-sorriso no rosto, apertando as mãos de dor. - Está saindo de alguma aula, menina?

- Boa tarde professor. Estava com uma amiga agora a pouco. Por quê? Precisa de algo? - A lufana imaginou se estava com o rosto vermelho ou algo que entregasse o que estivera fazendo realmente.

- Vim perguntar-te como anda seu braço... - Ele respondeu, com os olhos faiscando.

Mira instintivamente soube que ele a estava analisando e virou os olhos, certamente ele não estava sentindo nada se estava ali para inquisi-la. Estava querendo pedir para ele ser mais direto e não contornar na pergunta, mas sabia que poderia ser repreendida pelo modo de falar. Isso a fazia ter mais certeza que os pequenos encontros clandestinos poderiam se tornar algo útil para futuras alunas.

- Está bem, como podes ver. - Mira estendeu o braço, mostrando a atadura feita por ele

- Senhorita então, está me chamando de cego. - Matthew respondeu, com um sorriso sacana. - Cego, senhorita, só sua amiga Laila. Pelo que EU vejo, a senhorita anda forçando demais esse braço...

- Aimeumerlin... - A ruiva calou antes que continuasse. Iria ficar quieta, deixando ele falar o que quisesse e insinuando o que quisesse.

- Pergunto-me eu, com o quê. - Ele disse com sua língua de serpente. - Afinal, EU mesmo me encarreguei de pedir aos seus professores que não sobrecarregassem na carga de atividades físicas...

A lufana levantou seu braço direito, ele estava perfeito. Não sentia latejar, doer e nem via uma gota de sangue no pano. Não entendia como ele poderia saber algo. Mesmo com o feitiço que ele colocara, ela não sentia nada.

- O que vês de errado? - Ela perguntou

- O que eu vejo de errado? - O professor perguntou, sarcástico. - Tudo. Eu vejo que você andou usando seu braço para movimentos repetidos, porque, quando anda, ele não fica na inclinação perfeita normal, ele se estende ao máximo, exausto. Eu vejo que o ferimento parece se fechar de fora pra dentro e provavelmente, você terá uma hemorragia interna se continuar lutando com ele...

A menina arrepiou-se toda quando ele usou a palavra lutar. Ele sabia do Clube?! Mas como? Ninguém poderia ter vazado com a informação, ninguém. Ainda mais tão cedo, não fazia nem duas semanas que começaram.

Matthew sorriu ao ver que sua semente produzia resultados: ela se inquietara com sua última fala, que não fora, de longe verdadeira. Não poderia contar-lhe que sentia uma dor no coração toda vez que ela estava prestes a romper seu corte, mas poderia, sim, manipulá-la para que ela contasse o que, afinal, estava fazendo para destruir seus curativos tão perfeitos.

Não que honestamente ele se importasse, Tanto mais vezes tivesse que refazer o curativo, mais vezes ficaria sozinho com aquela que ele pretendia chamar de sua, um dia.

- Então, senhorita Barlow, que me diz?

- O que queres de mim para que não fales nada? - Ela o olhou esperando uma resposta tão direta quanto sua pergunta. - Se vieste falar direto comigo e não com nenhum diretor, é porque tens algo em mente. Diga-me.

*continua...

Por Matthew e Mira


Declarado, dito e feito por Equipe Accio Past
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Sunday, June 03, 2007
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Um leve suspiro demonstrava que aquela aula estava sendo longa demais para Mira. Não que desgostasse das aulas de Etiqueta e Postura, achava que certas coisas eram realmente necessárias aprender, mas queria que houvesse mais espaço para discussões. A professora Hostilia Gryffindor estava ensinando os modos em que os cabelos deveriam ficar presos e em qual ocasião deveria-se usar cada um.

- Por exemplo, ao cozinhar deveis prender seus cabelos e ao terminar deveis procurar um espelho e se recompor para seu marido. - A professora falava e analisava os rostos de suas alunas. - Agora que terminamos a parte teórica vamos para a prática. Aos seus lugares.

A turma começou um burburinho que foi logo silenciado pelo olhar atravessado da professora. As alunas se levantaram e seguiram até uma parte onde vários espelhos flutuavam e várias escovas e pentes estavam em uma mesa no centro.

- Vamos começar com um coque básico e que serve para quase todas as ocasiões. Precisarei de uma modelo, alguém se habilita?

A troca de olhares e a falta de palavras entregavam que nenhuma garota queria ser o foco da atenção da severa professora.

- Srta. Barlow, poderia vir aqui? O seu cabelo é um bom exemplo de longas e rebeldes madeixas.

A lufana andou até a professora tentando controlar sua respiração e seus olhos, sabia que Hostilia perceberia algo. Mira sentiu que até o final da aula iria usar toda a sua paciência e que ouviria muitos comentários sobre sua aparência. Sentou na cadeira e sentiu seu rabo-de-cavalo sendo desfeito.

- Uma coisa muito importante: prender o cabelo em rabo-de-cavalo é algo que deve ser evitado ao máximo. É sinal de jovens rebeldes.

Mira virou os olhos, o que fez as outras alunas rirem um pouco. Em resposta Gryffindor puxou as madeixas ruivas de sua aluna com força, passando a escova para desembaraçar.

- Reparem que todos os fios devem ser puxados para trás e não devem deixar divisões nenhuma na cabeça, nenhum caminho. Mesmo que tenham que puxar com força. Façam!

O movimento foi imediato, ninguém queria que a professora ajeitasse ou consertasse seu penteado. Na cadeira central Mira lutava contra suas mãos, queria afrouxar o pano que prendia seu cabelo apertadamente. Enquanto isso Hostilia passeava pela sala e via o resultdo de suas alunas.

- Todas? Amy, estas com alguns fios soltos. Mesmo o teu cabelo sendo liso, use água com o feitiço ponderosus concretum ius com mais força de vontade. Deixe-me fazer para mostrar-te.

A grifinória se viu sem opção e teve que deixar sua professora arrumar seu cabelo. Todas as outras alunas prenderam o ar ao ver o rosto de sofrimento da pobre garota Hostilia retornou até Mira. Ainda faltava mostrar como terminar o penteado, para a infelicidade da lufana.

- Vós deveis torcer o cabelo para dar uma aparência mais alinhada. Torcer também evita fios soltos.

O rosto da ruiva se contorceu. Não conseguiu segurar um gemido de dor quando seu cabelo foi preso pela professora.

- Todas vós deveis aceitar que a postura e o comportamento corretos vêm com um pouco de sacrifício. Alguns tipos de cabelos podem ficar com aparências feias depois de soltos, mas, como disse antes, são sacrifícios necessários.

Enquanto Mira lutava com a dor que sentia na cabeça, as outras alunas lutavam com seus cabelos para alcançar o nível de exigência de sua rígida professora.

- Muito importante é não deixar nem um fio solto. Quando fizerdes tem que estar impecável. O cabelo assim pode ser uma salvação, pois vós ficais prontas para todo e qualquer tipo de situação e evento.

Mira se levantava da cadeira quando sentiu as mãos firmes de sua professora a colocar de volta, sentada. Sentiu um frio na barriga, pensando o que mais poderia acontecer. Só faltava falar que tinha que pintar o cabelo de preto, pois era mais comportado.

- Para fecharmos a aula, irei mostrar rapidamente a pintura facial ideal. Nós que somos brancas, devemos colocar um pouco de cor em nossas faces, mas sem exageros. Esse pó vermelho que está no centro da sala deve ser passado com a ponta dos dedos e levemente. Observeis como eu faço na srta. Barlow.

Hostilia deu leves batidas na maçã do rosto de sua modelo, que contorceu a face.

- Controla-te srta. Como pretende ser um bom exemplo de mulher assim? Mantenha o rosto impassível!

- Perdão professora. - Mira tentou relaxar o rosto se imaginando fora daquelas quatro paredes, que naquele momento estavam parecendo uma sala de tortura.

- Isso mesmo, rosto totalmente relaxado... Pronto! Vejais como ficou bela e singela, nossa querida Mira Barlow. Ninguém falaria que ela pensa que pode subir em um cavalo como um homem e desafia-lo. - Hostilia virou para as outras alunas e continuou. - Que essa aula seja um bom exemplo a todas em como se portar. Assim vós ireis desistir destas idéias tolas e vos colocareis no lugar de mulheres, sendo admirada e cortejada pelos homens.

Algumas alunas riram baixinho ao ouvir aquilo, outras viraram os olhos e tinham as que concordavam com o rosto. Mesmo entre as alunas, o papel dado às mulheres era algo que dividia as opiniões e pensamentos.

Ao término da aula Mira saiu direto para a biblioteca, precisava pegar um livro para a próxima aula. Não pode desfazer o cabelo e a maquiagem, fora uma ordem de sua professora, ficar assim o dia todo. Queria que suas alunas sentissem o resultado e exatamente isso aconteceu com a lufana assim passou pelo corredor.

Os rapazes, ao passarem por Mira, lançavam olhares cobiçosos e respeitosos ao mesmo tempo, sem ousar, entretanto, fazer qualquer tipo de comentário, embora ela tivesse certeza de que ouvira Thomas Staples sussurrando que acabara de ver um milagre “Uma bárbara se transformando numa princesa.”.

Ninguém, porém, tinha coragem de fazer uma gracinha com aquela ‘dama’ que reagia tão mal a esse tipo de coisa. Ninguém com uma pitada de bom senso, o que, é claro, não se aplicava ao jovem Jake de Malvoisin, o Vesgo.

- Senhorita Barlow! - Ele exclamou ao vê-la no corredor, ainda longe. - Como estás elegante, hein?!

Mira fechou a cara para ele, mas a educação a fez parar.

- Agora não, senhor Vesgo. - Ela respondeu, com um tom negro na voz.

- Mas é a pura verdade que meus olhos tortos dizem! Parece-me que nunca a vi tão arrumada, tão bonita... Deixe-me adivinhar, a senhorita Gryffindor é quem deu um jeito em você?

- .... A professora Gryffindor é quem dá as aulas de etiqueta e postura, lembra-te?-– Mira respondeu, amarga.

- Nem parece que a senhorita tem uma veia masculina em seu corpo. – Vesgo respondeu. – Embora, eu deva confessar que goste mais do seu eu-natural-rebelde, não posso negar que estás deslumbrante com esse coque. Aceitarias, portanto, dar uma volta comigo?

- Temos aulas hoje, senhor Jake. - Ela não queria prolongar o assunto, pois temia que virasse um tapa na cara dele e isso seria motivo para muitas sessões detenta.

- Como quiser, senhorita, mas se mudar de idéia, procure-me! - e com um beijo na ponta dos dedos dela, ele foi-se, para a felicidade geral da nação.

A ruiva estava pasma com o que um simples mudar de cabelo e um pó vermelho no rosto faziam. Como se algo mudado externamente fosse realmente alterar o que ela era ou o que pensava.

Iria receber algum trabalho extra com certeza, mas não iria conseguir agüentar os comentários o dia todo. Sem se importar com o que sua professora poderia falar ou não, Mira levou as mãos ao cabelo e os soltou. Se fosse para ser repreendida, que fosse pro ser ela mesma.

Por Mira e Jake


Declarado, dito e feito por Equipe Accio Past
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Tuesday, May 22, 2007
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Lavínia acabou de colocar os feitiços acústicos na sala do segundo andar com um suspiro. Sentou-se em uma cadeira apoiando a cabeça nas mãos finas. Enquanto esperava Mira, a sonserina pôs-se a pensar na carta que recebera de seu pai hoje pela manhã. Sua mãe tinha adoecido e não se sabia o que ela tinha, e, para completar, ele tinha recebido no castelo um pretendente para a jovem que segundo suas próprias palavras era: " Bem apessoado, com um dote muitíssimo bom, além de ser um respeitado mágico na sociedade". E Lavínia sabia melhor que ninguém que aquelas palavras realmente significavam: pomposo, esnobe e um rapaz fútil que vivia de aparências.

Quando chegava a essa conclusão lembrava-se mentalmente que tinha sorte de ter podido rejeitar tantos pretendentes até agora. Ela vivia em uma época em que a opinião feminina não era levada em consideração para assuntos de real importância, e casamento não tinha geralmente nada a ver com amor.

O som da porta rangendo a acordou de devaneios familiares. Viu Mira entrar pela porta e ao notar pelo muxoxo que esta fez, ainda não tinham conseguido descobrir como fechar o corte dela, seu braço ainda tinha a tala de proteção.

- Nada? - Lavínia queria confirmar.

- Nada... Não posso fazer nenhum esforço. A profª Hufflepuff entrou em contato com um criador desse bichos que deve mandar algo, espero. - Mira suspirou

- Se quiseres eu posso tentar fazer uma poção... - ela sorriu gentilmente - Não garanto nada, mas pior do que está, bom, eu realmente acho que não fica - ela falou fazendo uma careta - No mais, eu posso tentar fazer algo para a dor.

- Nem dói tanto... O chato é ficar quietinha mesmo...

A sonserina sabia o que isso queria dizer, a ruiva não poderia treinar esgrima com ela. E a reunião que iria começar em alguns minutos, seria só teorica para a amiga. Lavinia estava contando em usar Mira em alguns momentos, mas acabou se vendo na posição de professora.

- Quantas garotas chamaste? - A loira perguntou

- Não muitas - Tranquilizou-a a ruiva - Umas cinco.

- Cinco é muito Mira! - A sonserina falou preocupada - Eu não sei como ensinar esgrima, quer dizer, não sei o que falar, e se eu gaguejar ou pior...?

- Lavínia, acalme-te. - A amiga falou. - Vai dar tudo certo, tu só tens que falar pra elas o que me falou... Como empunhar o florete, como mexer os pés, essas coisas.

A conversa das duas foi interrompida pelo bater na porta, entraram por ela Hilde e e Rosette. Pouco depois entraram mais 3 outras garotas, todas da mesma turma de Mira e Lavinia. Quando as cinco sentaram, as duas que as chamaram foram o centro da atenção.

- Bom, quando eu as chamei, falei sobre o que era não é um segredo entre nós. Gostamos de esgrima e não achamos justo não termos aula nem podermos participar do clube de duelo. - Mira falou e viu as outras assentindo. - A Lavinia me ensinou e sei que a Rosette não precisa de aula. Eu acho que devemos praticar e podemos uma ajudar a outra. Eu, por exemplo, preciso aprender a usar o braço esquerdo. - A ruiva brincou, descontraindo o ambiente.

- Bom, acho que a Mira realmente falou tudo - Lavínia sorriu um pouco embarassada - Não sou uma professora realmente, então, desculpem qualquer coisa, já em adiantamento - Ela riu - E se a senhorita Elric pudesse me auxiliar já que sabes mais, eu ficaria muito agradecida. - ela sorriu - No mais, eu acho que é isso, então... Vamos começar?

Rosette levantou-se, com os braços cruzados e trocou olhares com Hilde, como se quisesse dizer algo do tipo: "Estou fazendo isso por você, não se esqueça". Hilde sorriu para a amiga, realmente grata. Ela sabia o quanto a amiga preferiria que as aulas de esgrimas ficassem restritas apenas a elas duas. Por mais que a língua ferina da sonserina, conhecida exatamente por Lady Sharp, por seu jeito afiado e irônico, volta e meia fizesse troça com o jeito correto e polido da grifinória de olhos azuis, o laço entre as duas transcendia a amizade. Eram quase irmãs. E exatamente em consideração à Hildegard, que Rosette se comprometera em ajudar as outras meninas no Clube de esgrimas que as outras desejavam montar.

Lavínia e Rosette treinaram duas garotas cada uma, enquanto Mira ensinava a outra, o básico da esgrima. Como pegar o florete, qual é o objetivo, enfim, deram uma aula sobre o básico.

No final, quase todas elas estavam com os rostos vermelhos e suando, menos Mira que acabou sendo mais cicerone. Ela levou água para todas e ficaram conversando enquanto descansavam.

- Acho que está bom por hoje - Lavínia sorriu recuperando o fôlego - Provavelmente vamos nos reunir novamente semana que vem, se estiver tudo bem para todas.

Elas combinaram o horário da próxima semana e as meninas saíram, ficando apenas Mira e Lavínia na sala.

- Podes deixar que eu acabo aqui - a sonserina sorriu - Boa noite Mira.

- Boa noite Lavínia. - a lufana despediu-se, acenando por cima do ombro enquanto saía porta a fora.

Suspirando e voltando a pensar em como dispensar mais um pretendente, Lavínia acabava de arrumar a sala, desejando sua cama quentinha.

Por todas acima


Declarado, dito e feito por Equipe Accio Past
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